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Foto do escritorSpirit Bird

Alugar carro na Islândia?

Atualizado: 25 de abr. de 2020

O sonho de fazer uma roadtrip em algum país ainda desconhecido sempre me cativou até que, por um verdadeiro acaso, acabei por fazê-lo numa viagem com mais quatro amigos à Islândia, que apesar de ser o país de sonho de muita gente nunca tinha cativado assim tanto a minha atenção.


Por ser uma ilha, os meios de locomoção acabam por ser mais limitados e para viajar para os mais diversos sítios existe uma enorme oferta de viagens organizadas em grupos com autocarros e minivans. No entanto, estamos a falar de um dos países mais caros da Europa e se essas viagens noutros países já são pouco em conta imaginem num país como este. Para um só dia uma tour ao sul da ilha teria preços base de 70 euros.

Para além disso, a Islândia está rodeada de natureza e de lugares remotos prontos a ser explorados o que acaba por ficar fortemente limitado nesse tipo de viagens.


Face a isto, e como éramos um grupo de quatro pessoas, decidimos alugar um carro e dividir os custos entre todos.


Dado que marcamos o aluguer pouco tempo mais tarde de termos reservado os voos, ou seja, cerca de dois meses de antecedência, este acabou por ficar num total de 120 euros (já com o depósito de gasolina cheio) para os 4 dias em que íamos lá ficar.


Reservámos através do site priceline.com que, muito sinceramente, foi o primeiro que nos apareceu e nos pareceu desde logo em conta, até porque comparava os preços de diferentes carros de várias companhias internacionais (salvaguardo o facto de ser possível encontrar preços mais competitivos noutros sites).




O levantamento e a entrega do carro era feita no aeroporto, o que o já nos poupava o trabalho de apanhar o shuttle do aeroporto (tipo Getbus) até à cidade onde iriamos ficar, Reiquiavique, que custava 3299 ISK só ida (aproximadamente 24€) e posteriormente um possível táxi.

Com tudo planeado ao pormenor e já reservado, achamos que não iriamos ter qualquer tipo de problema no aluguer do carro, no entanto, a nossa inexperiência falou mais alto. Ao chegarmos ao balcão da companhia que nos ia entregar o carro, perguntaram-nos se o único condutor seria o estabelecido inicialmente e equacionamos a hipótese de adicionar um segundo condutor, eu, sem sabermos que isso iria ter custos acrescidos na nossa reserva.


Acabamos por nos aperceber disso só no final da viagem quando vimos que tinha sido retirado mais dinheiro do que o expectável no cartão de crédito associado à compra e confirmamos o recibo online. O acréscimo do segundo condutor ficou por mais x euros.


Tentaram também vender-nos uma série de outros seguros que não sabíamos que teríamos de acrescentar. Um deles, o seguro contra todos os riscos que aceitamos pois um acidente ou mesmo um pequeno toque no carro pode acontecer a qualquer um em qualquer lugar e as indemnizações a pagar às companhias são altíssimas e por isso não compensa o risco de viajarmos quatro dias sem ele.

Quanto ao segundo seguro, aplicava-se à corrosão da tinta dos carros devido aos fortes ventos na Islândia e que poderia levar a pagar cerca de 4000€ à companhia caso tal acontecesse e nós não o tivéssemos. No entanto, após um pouco de pesquisa na internet, acabamos por não o acrescentar dado que a meteorologia dos dias seguintes não previa, de todo, a velocidade do vento associada a esse fenómeno.


Apesar destes extras que não estávamos a contar, alugar o carro foi a melhor coisa que nos aconteceu porque pudemos percorrer mais de 600 km em quatro dias e visitar a costa sudoeste praticamente toda, explorando os sítios mais recônditos num país em que o mais bonito para se explorar e conhecer é mesmo a natureza.

Infelizmente ficamos limitados ao não podermos subir a um penhasco que só permitia a entrada de carros ajipados, o que não era o caso do nosso. Mas o nosso carrinho possibilitou-nos visitar uma série de lugares que estavam no nosso must go e apenas ter que encher o depósito uma segunda vez e depois encher o que nos faltava para o entregar tal como nos deixaram. Assim acabamos por apenas gastar apenas 100 euros de gasolina que dividido por todos dava o preço de volta para o aeroporto se fôssemos de shuttle. Na realidade, ficamos surpreendidos com o preço da gasolina ser tão idêntico ao de Portugal tendo em conta a disparidade do custo de vida.





Assim sendo, definitivamente que vale a pena alugar um carro e explorar a Islândia.

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