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  • Foto do escritorSpirit Bird

Férias na ilha da Madeira em tempos de pandemia

Cheguei há quatro dias a esta ilha e se não fossem as notícias no telejornal e a máscara que insisto em levar comigo na bolsa, não me lembrava que estávamos no ano de 2020 em plena pandemia causada pelo COVID-19.

Não me interpretem mal, antes de cá chegar tomei todos os cuidados necessários, no entanto, depois do primeiro dia aqui quase que nos esquecemos de tudo o que se está a passar no resto do mundo.


Aproveitei as viagens estarem tão baratas e abertura da Madeira ao turismo para comprar um voo para esta ilha e visitar parte do nosso país que se situa além-mar.

O facto dos testes ao COVID-19 serem financiados pelo governo regional da Madeira também foram um fator preponderante na marcação da viagem.


Antes da data de partida para além da carrada de emails que recebi da Easyjet a alertar todos os cuidados que tinha que ter desde a entrada no aeroporto de ida até à minha chegada ao destino, tive que me informar sobre a política adotada pelo governo regional para o controlo da pandemia e realização de testes.


Nesse sentido, de modo a que o teste COVID fosse gratuito, tinha duas hipóteses:

1- fazer o teste em Portugal continental 72 horas antes do voo, sendo que este teria que ser realizado em laboratórios certificados em Lisboa, Coimbra, Porto ou Vila Real, por marcação, após o envio de comprovativo da viagem para a Madeira.

2- manter todos os cuidados do mundo até aterrar na ilha da Madeira onde seria encaminhada para realizar o teste dentro do aeroporto e aguardar em quarentena pelo resultado.


Optei pelo segundo método dado todos os cuidados que estava a ter no continente e pelo facto do número de casos na minha cidade, Braga, não ter aumentado na semana antes da minha partida. Ainda assim, admito que estava super ansiosa enquanto não sabia o resultado dos testes pois não queria estragar as minhas férias nesta ilha paradisíaca de modo algum.

E sempre me sentia mais segura a viajar sabendo que entre as 72 horas do teste e a chegada à Madeira não apanhava COVID pelo caminho.


Tive uma viagem perfeitamente tranquila dentro desta "nova normalidade", usando sempre máscara, mantendo o distanciamento social (dentro dos possíveis pois o voo estava praticamente cheio) e usando álcool desinfetante a toda a hora.

Ao aterrar na Madeira tive que me dirigir para uma fila na zona da recolha de malas de porão onde faziam a divisão entre as pessoas que já vinham com o teste feito ou com o teste por realizar.


Independentemente da nossa situação é necessário registarmo-nos na plataforma Madeira Safe to discover onde devemos colocar as nossas informações pessoais incluindo o local onde vamos ficar alojados.


Para quem já leva o teste feito, depois do registo na plataforma é apenas necessário submeter o comprovativo do resultado do teste e mostrar o registo.

No meu caso, após registar-me na plataforma fui direcionada para a zona de testes e segui diretamente para a morada onde estou alojada, isolando-me à espera do resultado.

Acabei por esperar apenas 6 horas pois o resultado do teste foi divulgado mais rápido do que aquilo que estava previsto.

Depois de receber o resultado, nem 5 minutos demorei para sair de casa e começar explorar a ilha. A sensação de segurança aumentou quase instantaneamente pois naquele momento tinha a certeza que não estava infetada.

Progressivamente, à medida que o tempo foi passando fui-me esquecendo que continuamos em plena pandemia tirando algumas máscaras que se vêm nos transportes públicos e o álcool desinfetante à porta da maioria dos estabelecimentos.


Sem dúvida que a quantidade de turistas reduziu significativamente comparado com as últimas vezes que cá estive, o que facilita o distanciamento social pois os serviços e as ruas não estão tão cheias. Mesmo assim, nota-se claramente uma forte aposta nos selos Clean and Safe nos serviços turísticos de toda a região.


Como é uma ilha, o controlo da doença torna-se muito mais fácil, nomeadamente com o controlo apertado no aeroporto e com o número de casos praticamente estagnado há semanas. Para além disso, esta ilha é famosa por estar cheia de lugares remotos a explorar no meio da natureza o que também facilita o distanciamento social que todos procuramos ao mesmo tempo que continuamos a ter umas férias num destino que tem tanto para explorar no destino português considerado o melhor destino insular do mundo em 2019 pelo World Travel Awards!


Continuamos a ter todos os cuidados mas estamos de férias e na Madeira, quase que parece que a pandemia também tirou férias!

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